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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Futebol


Um lado bom por trás do estereótipo: o trabalho social das organizadas

O  especial sobre torcidas organizadas preparado pela equipe do Yahoo! Esportes fala sobre o lado bom das facções: as ações sociais e a preocupação com comunidades carentes. Até que ponto um grupo de torcedores pode influenciar nesse sentido? Afinal, o que não é mostrado pela mídia?
É claro que a associação automática ao nome das uniformizadas é com a imagem de confrontos sangrentos. Mesmo quando os vândalos que atrapalham o futebol não são sócios de organizadas, a culpa recai sobre tais entidades, por conta do longo histórico que elas construíram dos anos 1990 pra cá (como mostrou a primeira parte deste especial).
Embora poucos tenham conhecimento dos projetos sociais desenvolvidos pelas torcidas, eles não são nada escassos. Desde campanha do agasalho no inverno a coleta de brinquedos no dia das crianças e no Natal, as organizadas seguem em busca da ajuda ao próximo e de mudarem a concepção dos que pregam sua extinção.
A Máfia Azul, maior facção do Cruzeiro, é um grande exemplo disso. Em sua página oficial na internet, a entidade tem um setor dedicado a diversas lutas sociais, como o combate às drogas, ao racismo, às armas, entre outros. Além disso, a Máfia acumula ações filantrópicas em Belo Horizonte, como campanhas de doação de sangue e entrega de alimentos a pessoas carentes. No site, são divulgados até as condições para se tornar doador.
Organizadas
Também em Minas Gerais, a Galoucura, torcida mais representativa do Atlético, desenvolveu um trabalho de doação ainda maior. A organizada estendeu a ação por quase toda a região sudeste e em alguns outros pontos pelo Brasil, com ajuda de suas aliadas, Mancha Alviverde e Força Jovem Vasco em campanha que batizaram como “Unidas pelo sangue”.
Organizadas 2
No Nordeste, torcidas como a Jovem do Sport e a Inferno Coral, do Santa Cruz, ‘duelam’ amistosamente para ver quem promove a maior campanha de doação de sangue da região. A TJS chegou até mesmo a arrecadar água mineral para ajudar vítimas de chuvas no interior do Pernambuco.
Com a fiscalização do Ministério Público, que pressiona as T.O. e busca os crimes cometidos por membros destas, a iniciativa social das entidades cresceu, especialmente no estado de São Paulo. Não só nos principais centros, mas também nas sub-sedes espalhadas pelo interior.
Fundada oficialmente em 1999, a Gaviões da Fiel Piracicaba, por exemplo, já demonstrava preocupação em ajudar necessitados antes se oficializar como sub-sede da entidade. À época em que era somente um ponto de encontro de associados da organizada, o grupo responsável já promovia campanhas do agasalho e contra a fome.
Organizadas 3
O estudante corintiano Tomás Rosolino, 20, que não faz parte da organizada, mas costuma ficar entre os Gaviões no estádio, acha que as iniciativas não apagam a parte ruim das agremiações. “A intenção de alguns pode ser boa, mas não apaga os malefícios por parte de alguns membros. O grande dilema é que o problema não é a organizada, mas sim algumas pessoas específicas”, opinou.
Na opinião de Caio Bueno, 22, são-paulino que defende as uniformizadas, os trabalhos sociais não são divulgados por preconceito da imprensa. “Para eles é conveniente mostrar só pancadaria, sangue e polêmica. Vi uma ou duas reportagens em toda minha vida sobre a solidariedade das organizadas. A visão deles é um estereótipo generalizado. E toda generalização é uma grande burrice”, disse.
De fato, o arquétipo do torcedor organizado como um baderneiro está marcado na mente de boa parte da sociedade. E as bárbaras agressões entre torcidas rivais geram mais audiência do que atos solidários. É tudo uma questão de interesses e, acima de tudo, confusão entre erros individuais e punição coletiva.

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