Bem vindo

Este Blog e Sobre futebol, Tecnologia, Humor,Mulher,Marketing, Mídia,Esporte, Torcida Organizada, Vasco da Gama, e Sobre Variedades

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mãe

Ser Mãe depois dos 35


Ser Mãe depois dos 35

Actualmente, o potencial risco fetal associado a uma mulher com mais de 35 anos já não é o mesmo de há 20 ou 30 anos atrás.

Sociólogos e médicos concordam em afirmar que a idade em que a mulher decide ter o seu primeiro filho avançou vários anos. Actualmente, são muitas as mulheres que optam, em primeiro lugar, pela realização no plano profissional ou as que desejam conviver mais tempo com o seu companheiro, antes de enfrentarem a primeira gravidez. Outras vezes, é uma questão meramente económica ou, inclusive, o medo de não ser suficientemente madura para ter um filho.
Embora, em termos fisiológicos, se considere que o melhor momento para uma primeira gravidez se situa entre os 20 e os 24 anos, emocionalmente esta não é a idade ideal para muitas mulheres. E a prova é que o padrão clássico – casar cedo e ficar logo grávida – mudou completamente. Segundo um relatório do «National Center for Health Statistics», dos Estados Unidos, o número de mulheres que têm o primeiro filho com idades compreendidas entre 30 e os 39 anos é mais do dobro, relativamente há 20 anos atrás. No mesmo período, aumentou em 50% o número de mulheres que têm o seu primeiro filho com mais de 40 anos.

Vantagem emocional

A vantagem das mães tardias face às jovens consiste em que, de uma forma geral, as primeiras encontram-se psicologicamente melhor preparadas para assumir a gravidez e a maternidade; por outro lado, têm menos conflitos já que costumam ser gravidezes desejadas e programadas com o acordo do parceiro. É, pois, uma decisão de duas pessoas maduras, com experiencia de vida que assumem plenamente a sua responsabilidade. Assim, o recém-nascido é aguardado como uma prenda, proporcionando uma grande dose de felicidade aos pais. Segundo os especialistas os filhos destes casais são, normalmente crianças mais equilibradas, dado que as suas mães não apresentam problemas emocionais.

Risco controlado

 Ser aquilo que durante muito tempo se denominou de primípara tardia já não é uma condição suficiente para se converter numa grávida de alto risco, embora, clinicamente, continue a incluir-se neste grupo. Os modernos métodos de assistência no parto permitiram uma considerável diminuição da mortalidade perinatal. Actualmente, o potencial risco fetal associado a uma mulher com mais de 35 anos já não é o mesmo de há 20 ou 30 anos atrás, dado que a Ginecologia como a Obstetrícia – e a medicina em geral – experimentaram avanços técnicos muito consideráveis, com o que se reduziu o risco de mal formações e outras complicações. Por outro lado nem todas as mulheres são iguais e a idade real não corresponde linearmente à idade biológica.
Assim, nestas gravidezes, o primeiro passo é ter as ideias sobre quais são os riscos reais.

Aborto

Na ausência de outros motivos específicos, os abortos são mais frequentes nos dois extremos da idade fértil, isto é, em grávidas muito jovens e naquelas com mais de quarenta anos. No entanto, as estatísticas são aqui claramente viciadas: pelo facto de terem vivido mais tempo, as mulheres mais velhas podem apresentar um numero mais elevado de antecedentes médicos – como abortos, fibromiomas, etc. –, os quais podem ameaçar a gravidez. Um estudo do Mount Sinai Hospital, de Nova Iorque, assinala que, nas mulheres com mais de trinta e cinco anos, fisicamente, sãs e sem antecedentes de esterilidade, abortos ou nados-mortos, as probabilidades de terem uma criança saudável não diferem muito das de uma mulher vinte anos.

Exames pré-natais

Durante a gestação, a mulher deve submeter-se a uma série de exames médicos, além das análises ao sangue. Os mais comuns são os seguintes:

- Ecografia

Consiste em captar e reproduzir imagens do feto num ecrã, através de um equipamento sofisticado, que utiliza ondas sonoras de alta frequência. Com este exame, podem detectar-se a idade e o tamanho do feto, bem como anomalias estruturais, defeitos do sistema nervoso – como espinha bífida, por exemplo -, gravidezes múltiplas e até o sexo do bebe. Estudos efectuados demonstram que a imagem do bebé no útero, embora nublada, provoca na mulher grávida uma diminuição da angústia face à gravidez. Devem realizar-se, no mínimo, três ecografias, ao longo dos nove meses.

- Amniocentese

Trata-se de uma punção do útero, controlada por ecografia, destina-se a extrair líquido amniótico, para análise. È, assim, possível detectar anomalias cromóssomicas, como a síndroma de Down, e defeitos do sistema nervoso central. Este exame oferece informação sobre o sexo do bebé. Existe, porém, um reduzido risco de abordo, que se situa entre os 0,3 e os 0,5 %.

- Diabetes gestacional

A partir dos trinta e cinco anos, existe uma probabilidade de cerca de 6% de sofrer esta perturbação, bem como problemas relacionados com a hipertensão arterial. Nas grávidas jovens, a percentagem de  risco não ultrapassa os 1.3 por cento.

- Dieta

A necessidade de nutriente e de calorias da mulher grávida ou em período de aleitamento será a maior de sempre da sua vida. A gestação é, também, uma etapa durante a qual o apetite sofre alterações espectaculares: deste as náuseas matinais, que fazem perder a vontade de comer, até voracidade mais insaciável, sem falar dos «desejos».
A dieta, deve ser rica em cálcio, ferro e ácido fólico, sem esquecer um pequeno reforço das calorias. Os médicos costumam receitar um suplemento vitamínico mas nunca devem tomar-se vitaminas sem consultar previamente o especialista.

- Desporto

O exercício é sempre salutar e contribui para uma melhor predisposição do corpo face à gravidez. No entanto, é recomendável começar a fazer desporto antes de engravidar, já que a gestação não é a altura apropriada para iniciar um programa de exercício físico, designadamente naquelas mulheres que não o praticam com regularidade.
Isto não exclui que possa assistir a aulas de preparação para o parto, desde que estas não sejam proibidas pelo especialista e sejam ministradas por pessoal competente.
Por último, os esforços físicos não são recomendáveis para nenhuma grávida seja qual for a idade da mulher.

Dilatação

No caso da grávida mais velha, a dilatação que ocorre antes do parto costuma ser mais longa e difícil, o que explica o maior numero de cesarianas.

Fertilidade

Uma vez tomada a decisão, pode levar algum tempo até que a mulher consiga engravidar. A fertilidade diminui gradualmente depois dos 35 anos, o que não significa que não se seja fértil, excepto no caso de menopausa prematura. Numa ida ao médico, pode manifestar-se a decisão de ter um filho e uma revisão ginecológica nunca será demais.

Fibromiomas

São tumores normalmente benignos, que crescem na parede do útero e que são formados por tecido muscular. Podem ser diminutos, embora alguns possam desenvolver-se e alcançar um tamanho considerável e causar dores, pressão na bexiga e perturbações menstruais. Não se sabe por que razões aparecem, mas observou-se que aproximadamente 20% das mulheres com mais de 35 anos apresentam fibromiomas. Esta perturbação pode interferir na gravidez e no parto, embora a maioria dos fibromiomas não produza qualquer problema, a este nível.

Higiene pessoal

A higiene pessoal deve manter-se igual, simplesmente há que ter em conta que é preferível não tomar banhos de imersão, hidromassagens ou saunas quentes, sendo melhor acostumar-se ao duche com água tépida. Também não são recomendáveis as irrigações vaginais internas.

Medicamentos

Nunca se devem tomar medicamentos sem consultar previamente o especialista. Sempre que um médico receita um fármaco, seja qual for a doença, há que advertir que se está grávida.

Recuperação pós-parto

A recuperação pós-parto costuma ser mais lenta na mulher com mais idade, basicamente porque possui menor energia, embora esta condição dependa, sobretudo, do estado físico em que se encontre.

Sindroma de Down

É o maior fantasma da grávida com mais de 35 anos. As estatísticas demonstram que o risco de uma mulher de 40 anos conceber um filho com sindroma de Down é nove vezes superior ao de uma de 30 anos. De qualquer forma, não há motivo para alarme. Uma mulher de 40 anos tem apenas um por cento de probabilidades de ter um filho com sindroma de Down, ou seja, cerca de 99% de probabilidades de nada de mal acontecer. Quando a grávida tem mais de 45 anos o risco eleva-se para 3%.

Tabaco

É aconselhável não fumar nem tomar álcool ou, pelo menos, reduzir substancialmente o respectivo consumo. Está provado que, quer o tabaco quer o álcool aumenta o risco de mal formações do feto.

Pesquisar este blog